EVOLUÇÃO DOS PERSONAGENS |
Uma pequena mostra de como os personagens
evoluiram ( no traço ) desde sua criação aos dias de hoje. |
Sou a Mônica, Sou a Mônica.
Aqui mostra bem como foi a evolução da Mônica no decorrer dos anos. Lenta e gradual. O interessante é ver que ela não foi criada do jeito que conhecemos hoje, sem dedão do pé, bidimensional e com cabelos de banana. Ela ocorreu naturalmente. pode-se dizer que a Mônica 'se deixou fazer'. 1 - A primeira Mônica ( inspirada na filha do Mauricio, para ser um contrapeso num universo dominado por meninos ) apareceu como a irmãzinha invocada do Zé Luis numa tirinha do Cebolinha em 1963 ( o coitado já apanhava no final ). As características já estavam ali: Era forte, briguenta e carregava seu coelhinho de pelúcia. Detalhe: O cabelo era apenas escorrido, ela usava sapatos, tinha 'papada' e o vestido tinha bolsinhos. 2 - Para aproveitar melhor o tempo e fazer desenhos mais rápidos, é natural que o Mauricio começasse a simplificar os traços. Sumiram os detalhes da roupa, e o cabelo começou a ter um certo toque bidimensional, escorridos só para um lado. 3 Mais uma simplificada. Os cabelos viraram uns traços grossos e sumiram os sapatos. Aqui está um ponto a ser comentado. Ao meu ver, A Mônica, Cascão e Magali NÃO andam descalços ( e tem dedôes sim ). Isso apenas não está explícito. Ah, e naquele tempo a Mõnica era realmente baixinha. Olhem a proporção dela ao lado do Cebolinha. 4 - mas próxima do que conhecemos hoje, os dentes ainda eram quadrados e do cabelo, ficaram só 4 'bananas'. 5 Um cabelo com 5 bananas, como é até hoje, porém, as formas ainda eram cheias de ângulos. A Mônica só ficou redondinha do jeito que conhecemos no final dos anos 70... e aí está: a nossa Mônica. |
Eu tloco as letlas, não
falo bem! Cebolinha existiu mesmo. Era um garotinho lá de Moji das Cruzes que trocava o R pelo L, e tinha o cabelo todo espetado. Mauricio se baseou nele para criar o Cebolinha que conhecemos em 1960. No início ele era mais crescidinho e mais gordinho, e fios de cabelo, tinha de montão. Pelos desenhos, dá para perceber, assim como a Mônica, que o cabelinho foi se ajeitando até ficar do estilão atual. Dos inúmeros fios, incontáveis, foram diminuindo, ficaram 8, 7, 6, até os 5 que conhecemos. Teve sua fase 'bochechuda' até ficar redondinho como todos os outros personagens. Só a personalidade é que não mudou muito. Continua pestinha e louco para tirar da Mônica o título de dona da rua ( ou recuperar, já que a Mõnica apareceu como uma mera coadjuvante nas tiras do Cebolinha ). Já o Floquinho apareceu nas tirinhas com um jetinho mais de cachorro do que conhecemos hoje. Mesmo assim, o rabo e a cabeça pareceiam ser a mesma coisa. |
O Meu Nome é Chico Bento,
Alegre e Caipirão! Chico Bento nasceu em 1961, como um mero coadjuvante nas tiras de Zezinho e Hiroshi. Esquisito não? Pois é. Os tais Zezinho e Hiroshi são nada mais nada menos que Zé da Roça e Hiro, hoje os meros coadjuvantes das histórias do Chico Bento. O fato dessa 'inversão' se deu pelo carisma do personagem, inspirado nos caipiras de Mogi das Cruzes, principalmente pelo tio-avô de Mauricio ( que emprestou inclusive o seu nome - Chico Bento ). As tiras publicadas na revista Coopercotia ( da Cooperativa Agrícola de Cotia ) mostrava um Chico Bento muito diferente. Magrelo, comprido e um 'quê' de adulto, só que um tanto preguiçoso, burro, malandro, picareta. Com um tempo, aderiu umas características mais certinhas e deixou algumas destas para o Zé Lelé. Apareceu nas revistas da Mônica até 1982, ano em que ganhou seu próprio Gibi. Abraçou a ecologia, abandonando estilingues e trabucos e passou a ser um menino trabalhador e estudioso ( mas nem tanto... ). O traço do personagem evoluiu paralelamente com o restante do universo da Mõnica. Quando Mônica ficou mais 'angular', o Chico também ficou, e quando Mônica ficou 'redondinha', o Chico arredondou. Zé da Roça e Hiro mudaram pouco. continuam até hoje com suas mesmas roupas e chapéus. Já a Rosinha já teve várias encarnações. A primeira aparece no alto da ilustração. Alguns anos depois, começou a usar uma ( só uma ) trança e foi inclusive loira, até ficar definida como a conhecemos hoje. Muitos já tentaram mudar o jeito caipirês do Chico Bento falar, alegando ser um péssimo exemplo a criançada, mas assim como o Cebolinha, o caipira não dá a mínima e prefere 'assumi a cairpirês do qui dá mar exempro! Eita, trem bão!' |
Com uma floooorrr.. que é
flor da paz e do amor... Assim surgiu a Tina, a irmã hipponga de um novo personagem que o Mauricio lançava em 1970: Toneco. Pertencente ao rol dos personagens secundários que dão uma rasteira dos principais, a Tina de antigamente apenas servia de ponte para as aventuras do seu mano. Quem conhece a Tina de hoje com certeza vai se assustar com a sua aparência dos anos 70. Mais baranga impossível. Mais parecia um moleque de cabelo comprido, com sua eterna camisa listrada, sua calça boca de sino e seus óculos de Coelho Caolho. Mas a Tina tinha o seu charme. Era a tradução do que acontecia na época. O mundo estava de cabeça pra baixo com o movimento Hippie, a contracultura e o a simbolismo da 'Paz e do Amor'. E a Tina estava aí para abraçar as causas com os seus diálogos 'prafentex' e 'jóia'. Mas o mundo foi mudando e a Tina também. Ela cresceu um pouco e acabou ganhando amigos ( 2 ) e um corpo de mulher ( 3 ), mas sem abandonar a velha roupa hippie. Pipa e Rolo vieram daí, Zecão só apareceu depois. Talvez o elo definitivo entre a velha Tina e a atual foi em 1977 quando nossa amiga ganhou cara e cabelo novo ( 4 ). A peruca não emplacou e a Tina voltou a ter o velho cabelo remanescente do início da década. Depois disso atravessou os anos 80 ( 5 ) sem grandes mudanças, salvo as roupas new wave e de lambada que ela insistia em usar... até chegar no mulherão que todos conhecemos hoje , que muito se deve ao talento de Julinho ( nos anos 90 ) e Enrique ( que desenha a atual - (6). Nenhum personagem do Mauricio mudou tanto. |
Vai Morrer Sem Nunca Tomar
Banho.... O Cascão foi criado em 1961, para contracenar com o Cebolinha. Inspirado em um amiguinho de infancia, Mauricio teve um certo receio quanto a recepção dos leitores devido a sua mania de sujeira e aversão ao banho. Mas ele logo foi bem recebido e o fato é que continua aí até hoje.... e sujinho. Assim como o resto da turma, o Cascão das primeiras tirinhas era bem diferente do atual. as sujeirinhas e a roupa eram a mesma, mas o cabelo não era no topo da cabeça. ia até nas orelhas. Com o tempo ele foi carecando lateralmente e ficou aquela famosa moitinha no cucuruto. A idéia do borrão ( impressão digital ) que é o cabelo do Cascão veio do Graciano, que é arte finalista do estúdio até hoje. Passou por sua fase magrela, bochechuda, angulosa assim como todo os outros personagens, e em Agosto de 82 teve sua própria revista, ainda pela Abril. O principal dilema dessa época era a questão dos pais, que de início eram igualmente sujinhos, mas depois ficaram politicamente incorretos demais e foram 'limpados'. Com o tempo ele ganhou sua própria galeria de coadjuantes como a Cascuda, Chovinista, Cremilda e Clotide e o prof Olimpio. da. |
Sempre amiga, assim é
Magali Criada em 1963, a segunda menina do universo de Mauricio de Sousa apareceu inicialmente nas tiras de jornais fazendo pontas para as gags da Mônica e Cebolinha. Óbviamente já chegou detonando todas as pizzas, melancias e sorvetes do bairro do Limoeiro. Essa fome não é para tanto. Magali foi inspirada na..... Magali, filha do Mauricio, que pelo que contam as más linguas, tinha um apetite invejável ( que continua até hoje ), e que por mais que queira, continuava sempre magra ( assim como hoje ). Mesmo nos primeiros números das revistinhas da Mônica e Cebolinha, Magali não era uma presença constante, Não raros foram as edições que ela nem dava a cara. No final dos anos 70 ela começou a ganhar força, encabeçando historias solo, até que em 1989 teve sua própria revista ( a última dos personagens a ganhar seu título... até a chegada do Ronaldinho Gaúcho ). Com a revista, um novo núcleo de personagens nasceu para constracenar com a comilona: Quinzinho, Dudu, Tia Nena, Tio Pepo... e aquele coadjuvante que as vezes rouba toda a cena: Mingau, seu gatinho Angorá. |
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Um Dinossaurozinho eu sou Horácio originalmente era o dinossaurozinho de estimação do Piteco. Se limitava apenas a seguir seu dono fazer alguns gruns, gruns ( casou até com a Thuga ). Com o tempo começou a ganhar personalidade própria e em 1963 passa a viver suas próprias aventuras junto com seu amigo Tecodonte e sua 'namorada' Lucinda. Dizem que Horácio é o alter ego de seu próprio criador, e nas palavras do próprio Mauricio: "Horácio é o personagem onde coloquei mais de mim como pessoa. como o mauricio. enquanto em outras criações eu brincava de ser cachorro (bidu), elefante (jotalhão), menina brabinha (mônica), suginho (cascão). eram "interpretações".com o horácio é diferente. ele fala muito de mim. ou por mim. mesmo sendo um personagens atemporal, vivendo numa fresta do tempo que pode ser passado, futuro, outro planeta, outra dimensão...mas exatamente por essa "desorigem", não tem responsabilidade com estilos, modismos, tendências, com o que acontece aqui ou agora...permite sátiras, críticas de costumes, fabulações. permite libertação. observação, avaliação. eu olho pelos grandes olhos do personagem. vivo suas dúvidas, suas angûstias (poucas) e seus desejos (às vezes disfarçadinhos). falo muito pelo horácio nessa fabulação." |